A EVOLUÇÃO



Acreditar na imortalidade sem a evolução representa a 
mesma atitude de subestimar a Perfeição do Pai Celestial, que 
criaria os seres para a estagnação, sem nunca poderem atingir 
a perfeição relativa. A frase de Jesus citada no tópico 
anterior, seria, então, uma inverdade, pois, sem a ideia da 
evolução, não teria sentido, uma vez que nossas limitações 
intelectuais e inferioridades morais demonstram claramente 
que somos “deuses” em potencial, mas que seremos perfeitos 
relativamente daqui a muitos milênios ou milhões de anos.
Há, realmente, que raciocinarmos para compreendermos 
as Leis Divinas: por isso a Doutrina Espírita, como o 
Consolador prometido por Jesus, adotou o tríplice aspecto de 
ciência, filosofia e religião, pois somente assim conseguiria 
englobar o desenvolvimento intelectual e moral 
concomitantemente. Em caso contrário, resumindo-se a 
apenas um desses ângulos, contribuiria para o progresso de 
apenas uma das “asas” que conduzem o ser humano à 
perfeição relativa.
Se evoluímos na vida comum, passando da realidade 
infantil para a de adolescentes, depois à juventude, à vida 
adulta, à maturidade e à velhice, por que não continuaríamos 
evoluindo, no mundo espiritual, e, depois, reencarnando e 
novamente desencarnando, e assim por diante?
Algumas correntes religiosas tradicionais negam a 
evolução, apegando-se a modelos avessos à ciência e à 
filosofia, contudo esbarram nas perguntas, que ficam sem 
respostas, daqueles que entendem, com razão, que a fé deve 
ser raciocinada, e não cega.
Somos seres inteligentes e não devemos abdicar da 
inteligência quando se tratam das Coisas Divinas, pois, se 9
Deus nos deu esse dom, quer que o exercitemos e apliquemos 
para mais nos aproximarmos d’Ele, pois raciocinar não é 
pecado.

Entusiasmo pela Vida - Luiz Guilherme Marques

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