O modo pelo qual podemos neutralizar a influência dos Espíritos ignorantes é, certamente,
fazendo o bem. O bem é força poderosa contra o mal, é o antídoto da influência do mal.
O Espírito, em certa fase na sua vida, fica propenso às más radiações, por encontrar dentro de si paixões inferiores acesas, e como o semelhante atrai os semelhantes, Espíritos equivocados dele se aproximam. Mesmo que o sugestionado esteja se esforçando para se desligar das inferioridades, ele ainda é afetado pelos resquícios que tem das paixões inferiores. A pureza espiritual é demorada para ser adquirida; podemos gastar várias reencarnações a fim de conhecermos a verdade e ela nos tomar livres.
Devemos, também, confiar em Deus, Chave-Mestra para o isolamento dos Espíritos inimigos, no entanto, não podemos confiar em Deus envolvidos no mal. Somente o bem neutraliza o mal, somente o amor neutraliza o ódio, somente o perdão neutraliza a violência.
Se pretendemos ajudar os ignorantes, não nos afastemos deles. A vida ensina como nos
aproximar dos que esqueceram o amor. Todas as soluções de todos os problemas se
encontram dentro deles. Nós, quando começamos a fazer o bem e a pensar no amor, no
perdão e na fraternidade, achamos que já estamos livres das sugestões do mal que os inimigos espirituais nos inspiram. Enganamo-nos, pois, só quando passamos a viver o bem
ininterruptamente é que não deixamos lugar para os pensamentos inferiores entrarem em
nossa casa mental. Se somente vivemos o bem por doze horas do dia, as outras doze estarão
sujeitas ao mal, assim, pode-se avaliar o quanto poderemos estar sendo influenciados pelas
sombras.
Filosofia Espírita Volume X - João Nunes Maia - Miramez
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