Sofres?
Não te esqueças do “ Vinde a Mim “ do Divino Mestre e procura com ele o manancial da consolação, entretanto, não olvides que o Senhor espera não lhe tragas o fardo escabroso das torturas morais pelos caprichos desatendidos, na incapacidade de praticar o mal, de vez que, em muitas ocasiões, a nossa dor é simples aflição da nossa própria rebeldia, à frente da Lei.
Tens sede?
Busca no Cristo a fonte das águas vivas, na certeza, porém, de que a corrente cristalina apagar-te-á a volúpia de conforto e o anseio indébito de ouro e dominação.
Tens fome?
Procura no Benfeitor Celeste o Pão que desceu do Céu, entretanto, roga-lhe, antes de tudo, te sacie a fome desvairada de prazeres e aquisições inúteis para que não te falte o ingresso ao banquete da Luz que o Evangelho te pode propiciar.
Sentes-te enfermo?
Procura em Jesus o Divino Médico, contudo, pede-lhe, atentamente, te conceda remédio contra as tuas próprias inclinações a desordens e excessos, porquanto, de ti mesmo procedem as vibrações enfermiças, que te constrangem ao desequilíbrio orgânico. Há muita dor que é simplesmente inconformação e desrespeito aos estatutos que nos governam. Há muita sede que é mera ambição desregrada, atormentando a alma e arrastando-a para o resvaladouro das trevas. Há muita fome que não é senão exigência descabida do espírito invigilante. Há muita moléstia que expressa tão somente intemperança mental e hábitos viciosos que é necessário extirpar.
“ Vinde a Mim! “ – disse-nos o Amigo Eterno. Saibamos, pois, realizar a retirada de nós mesmos, se desse modo colocar-nos-emos ao encontro do nosso Divino Mestre e Senhor.
Centro Espírita Luiz Gonzaga Pedro Leopoldo – MG 27.03.1953
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